Há oitenta anos, no dia 27 de janeiro de 1945,
as tropas soviéticas libertavam o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau,
o mais terrível e maior campo de extermínio nazi. Instituído através da
resolução 60/7 de 01 de novembro de 2005, pela Assembleia-Geral da ONU, o Dia
Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto incentiva a sociedade
civil a promover a memória do Holocausto para que as gerações futuras não
repitam os erros do passado. Nesse mesmo ano, o Parlamento Europeu estabeleceu
também o dia 27 de janeiro como o Dia Europeu de Memória do Holocausto.
Considerando que Portugal foi um dos
países que aprovou a Resolução 60/7, a Assembleia da República determinou, nos
termos do n.º 5 do artigo 166º da Constituição Portuguesa, associar-se à
comemoração internacional, lembrando e homenageando a memória das vítimas que
pereceram, assim como assumir o compromisso de promover a memória e a educação
sobre o Holocausto nas escolas e universidades, nas nossas comunidades e outras
instituições, para que as gerações futuras possam compreender as causas do
Holocausto e refletir sobre as suas consequências [Resolução da Assembleia da
República n.º 10/2010, de 2 de Fevereiro].
Em Portugal, este dia tem sido evocado,
ao longo dos anos, por muitos estabelecimentos de ensino, associações,
organizações não-governamentais e cidadãos em geral, bem como por organismos e
entidades oficiais portuguesas, nomeadamente pela Assembleia da República, que
no presente ano de 2025 assinala o Dia
da Memória do Holocausto no dia 27 de janeiro.
Ao evocar o Holocausto o Governo reitera
o compromisso de promover a educação, a memória e o estudo deste episódio
tenebroso da história da Humanidade, que abalou profundamente a nossa
civilização. Na qualidade de membro observador na Aliança Internacional para a
Memória do Holocausto, Portugal continuará a promover a educação das gerações
vindouras para o respeito dos Direitos Humanos, da tolerância e do respeito
mútuo entre pessoas e povos.
Não podemos deixar de recordar também os
Heróis do Holocausto, que arriscaram as suas vidas e as das suas famílias para
salvar as de outros. Homens como os diplomatas Aristides de Sousa Mendes,
Carlos Sampaio Garrido e Alberto Teixeira Branquinho continuarão a inspirar a
nossa atuação e a recordar-nos da nossa responsabilidade de proteger.
Neste dia recordam-se as vítimas do
Holocausto, em particular os seis milhões de mortos judeus, para que nunca mais
seja possível o horror que aconteceu há 80 anos. O Holocausto é um dos momentos
mais negros da História da Humanidade que não podemos nem devemos esquecer.
Ignorar ou negar este período tenebroso do século XX é compactuar com o ódio, a
intolerância, o preconceito, a discriminação e racismo que levaram ao genocídio
de cerca de seis milhões de seres humanos.
O objetivo é recordar um dos
acontecimentos mais negros da história do século XX.