25 de novembro na Escola Rosa Ramalho!
Espaço de Informação e Divulgação das Atividades do Clube Europeu.
Faz hoje 106 anos que terminou a 1.ª Guerra Mundial. O
armistício de 11 de novembro de 1918 assinala a rendição da Alemanha e o fim da
Primeira Guerra Mundial. O dia 11 de novembro tornou-se o dia da lembrança em
homenagem aos soldados.
O 11 de novembro
No dia 11 de
novembro de 1918 era assinado o Armistício de Compiègne entre os Aliados e a
Alemanha, dentro de um vagão-restaurante, na floresta de Compiègne, na França,
com o objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira
Guerra Mundial. Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch,
comandante-em-chefe das forças da Tríplice Entente, e Matthias Erzberger,
representante alemão. Naquele dia, Foch enviou uma mensagem por telégrafo para
todos os seus comandantes: “As hostilidades cessarão em toda a frente no dia 11
de novembro às 11h, no horário da França.”
A chamada Grande Guerra tirou a vida de cerca de 9 milhões de
soldados e deixou outros 21 milhões feridos. Indiretamente, morreram vítimas da
guerra perto de 10 milhões de civis. Os dois países mais afetados foram
Alemanha e França, cada um enviou para os campos de batalha cerca de 80% de sua
população do sexo masculino, com idades entre 15 e 49 anos.
Depois do armistício, foi assinado o tratado de paz de
Versalhes, celebrado em 1919, no qual a Alemanha, derrotada, era obrigada a
reduzir as suas tropas pela metade, pagar pesadas indemnizações aos países
vencedores, ceder todas as suas colónias e devolver a Alsácia-Lorena à França. Infelizmente,
o tratado não iria alcançar o seu objetivo. A Alemanha reclamou que tinha
assinado o armistício sob falsos pretextos, já que havia acreditado que a paz
era uma “paz sem vencedores”, como havia sugerido o então presidente dos EUA
Woodrow Wilson. Os anos passaram, e o ódio ao tratado e aos seus autores
estabeleceram um ressentimento latente na Alemanha. Duas décadas depois, estes
sentimentos estariam entre as causas da Segunda Guerra Mundial.
Hoje, 24 de outubro - Dia da ONU -
realizou-se na biblioteca da Escola Rosa Ramalho, uma Conferência intitulada
" Barcelos e a 1.ª Guerra Mundial e os acontecimentos", destinada às
turmas do 9.º ano.
Pelas imagens projetadas e pelas palavras do historiador, Penteado
Neiva, alunos de três turmas do nono ano, recuaram no tempo, até há segunda
década do Séc. 20, mais propriamente à eclosão e desenvolvimento de um dos mais
mortíferos conflitos que a Europa conheceu - A Grande Guerra de 1914 - 1918.
Apoiado em dados históricos sobre aquele conflito, onde
pereceram milhões de seres humanos, entre soldados e população civil, o nosso
palestrante, para além de elencar marcos históricos daquele momento fraturante
para a história da Europa e do Mundo, focalizou também a sua abordagem na
participação de Portugal na 1.ª Guerra. Mais de 100 000 soldados portugueses
envolvidos, largos milhares de mortos e outros tantos feridos e estropiados,
milhares de prisioneiros, numa intervenção que mobilizou também soldados
naturais do concelho de Barcelos, homens que partiram para uma guerra
extremamente dura e traumatizante.
Ao longo da palestra, seguida atentamente pelos jovens
presentes, o nosso convidado não apenas referiu factos, apresentou documentos
fotográficos, mostrou alguns dos seus livros e mencionou ainda o recente
documentário fílmico - "Lutaram como Diabos" - sobre combatentes
barcelenses nessa guerra, como contou ainda pequenas histórias relacionadas com
alguns desses homens que da terra barcelense partiram (no Corpo Expedicionário
Português – CEP e Brigada do Minho) com destino aos campos de batalha de
França, Flandres e outras paragens.