Restauração da Independência
No dia 1 de dezembro de 1640 Portugal recuperou o direito a decidir o seu futuro.
O Primeiro de Dezembro é o dia da proclamação pela nobreza portuguesa do Duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de João IV, tendo derrubado o rei Felipe III de Portugal da Casa das Áustrias, na época rei da Espanha. Esta mudança de dinastia não foi nada pacífica. Durante 28 anos, as monarquias de Bragança e da Áustria travaram uma longa guerra. O Tratado de Lisboa de 1668 pôs fim ao conflito militar, dividindo a Península Ibérica em dois Estados.
A dinastia espanhola dos Filipes governou o país entre 1580 e 1640, altura em que o futuro D. João IV liderou uma revolta que afastou os castelhanos do trono. Foram 120 os conspiradores que, na manhã de 1 de dezembro de 1640, invadiram o Paço da Ribeira, em Lisboa, para derrubar a dinastia espanhola que governava o país desde 1580. Miguel de Vasconcelos, que representava os interesses castelhanos, foi morto a tiro e atirado pela janela.
Foi do balcão do Paço que foi proclamada a coroação do Duque de Bragança, futuro D. João IV, e foi também dali que foi ordenado o cerco à guarnição militar do Castelo de S. Jorge e a apreensão dos navios espanhóis que se encontravam no porto.
Até ao final de 1640 todas as praças, castelos e vilas com alguma importância tinham declarado a sua fidelidade aos revoltosos. A restauração da independência só seria reconhecida pelos espanhóis 28 anos depois, com a assinatura do Tratado de Lisboa.
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