quarta-feira, 8 de março de 2017

O Dia Internacional da Mulher no Parlamento Europeu



"A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova." - Tolstoi




O Parlamento Europeu dedica o Dia Internacional da Mulher, assinalado a 8 de março, à emancipação económica das mulheres. Atualmente, as mulheres ainda recebem ordenados mais baixos que os homens, encontram-se sub-representadas na política e em posições de liderança e dedicam mais tempo a atividades não-remuneradas relacionadas com a família e a casa. Continue a ler para descobrir as atividades planeadas no Parlamento Europeu.




O Parlamento Europeu dedica o Dia Internacional da Mulher, assinalado a 8 de março, à emancipação económica das mulheres. Atualmente, as mulheres ainda recebem ordenados mais baixos que os homens, encontram-se sub-representadas na política e em posições de liderança e dedicam mais tempo a atividades não-remuneradas relacionadas com a família e a casa. Continue a ler para descobrir as atividades planeadas no Parlamento Europeu.

O dinheiro não traz felicidade, mas pode ajudar a decidir o próprio futuro ou facilitar a fuga de uma situação de violência doméstica. Apesar de algum progresso, as mulheres ainda recebem um salário substancialmente inferior aos homens em posições semelhantes, representam a maioria dos trabalhadores em empregos com baixos salários e lutam para aceder às posições de liderança.

A comissão do Parlamento Europeu para os direitos da mulher e a igualdade dos géneros decidiu dedicar o Dia Internacional das Mulheres, assinalado a 8 de março, à emancipação económica das mulheres.

O Dia Internacional da Mulher no Parlamento Europeu


Eurodeputados e homólogos dos parlamentos nacionais da UE e de países vizinhos reúnem-se para debater estes e outros desafios no Parlamento Europeu, de 8 a 9 de março, em Bruxelas. A reunião conta, entre outros, com a participação do presidente do Parlamento Europeu Antonio Tajani e da comissária europeia Věra Jourová, representantes das Nações Unidas, ativistas, incluíndo Lamiya Aji Bashar, Prémio Sakharov 2016 e cientistas.

À reunião interparlamentar seguem-se workshops e a cerimónia da entrega do Prémio da UE para Mulheres Inovadoras com a presença do comissário europeu Carlos Moedas e da vice-presidente do Parlamento Europeu Mairead McGuinness. Fique a conhecer as 12 finalistas aqui

Exposição

O Centro de Visitantes do PE. Parlamentarium, inaugura a 7 de março, a exposição "Onze mulheres enfrentam a guerra". A exposição, composta por fotografias e vídeos, da autoria de Nick Danziger, acompanha as histórias, muitas vezes ignoradas, de mulheres apanhadas em conflitos violentos no mundo, como o Afeganistão, Colômbia ou Serra Leoa. A exposição apoiada pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha estará aberta ao público até 14 de maio de 2017.


A história do Dia Internacional da Mulher



     O 8 de Março é lembrando no mundo inteiro como o dia internacional da mulher. Mas, qual a origem da data? Classicamente, divulgou-se que no dia 8 de Março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas.
    A história guarda certa semelhança com o massacre de Chicago, que deu origem ao Dia do Trabalhador. Mas, apesar das duras repressões contra o movimento operário no período, pesquisas documentais jamais encontraram referência ao tal massacre de Nova Iorque. Outras hipóteses sugerem que durante a 2ª Conferência da Mulher Socialista, a dirigente do Partido Social Democrata alemão, Clara Zetkin, teria proposto um Dia Internacional de Luta das Mulheres, que naquela altura ainda não tinham direito ao voto na maioria dos países europeus. Sabe-se que posteriormente, a II Internacional Socialista que na época ainda reunia nomes como Lenine e Rosa Luxemburgo, teria confirmado a necessidade da data, mas sem definir um dia. Assim, cada país tinha o seu dia que se voltava para greves, manifestações e toda forma de luta que chamasse atenção para as condições de trabalho das mulheres e a discriminação social. 
    No dia 8 de Março de 1917 teve início uma greve de tecelãs e costureiras, em Petrogrado, na Rússia e não nos Estados Unidos. Nesse dia, um grande número de mulheres operárias, na maioria tecelãs e costureiras, saíram às ruas em manifestação por pão e paz e declararam-se em greve. A Rússia encontrava-se arrasada, pois naquela altura estava envolvida na I Guerra Mundial. A manifestação foi um dos acontecimentos que conduziu à primeira fase da Revolução Russa. O processo revolucionário  resultou na queda do czarismo e na instalação de uma república parlamentar que duraria só até Outubro, quando ocorre a Revolução Socialista Russa. A Conferência das Mulheres Comunistas, realizada em Moscovo, em 1921, adopta o dia 8 de Março como data unificada do Dia Internacional da Mulher, para celebrar a greve das costureiras de 1917. A partir daí, a data propagou-se mundo fora.
    Em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o "8 de Março" foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.









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